Suco, néctar e refresco... Com certeza em algum momento da vida você já comprou alguma dessas bebidas e generalizou chamando de “suco”. Mas será que era suco mesmo? Se você for um consumidor atento, que lê rótulos, deve saber do que realmente tratava dessa bebida. Isso porque existe uma diferença clara entre suco, néctar e refresco, mas que nem sempre é nítida nas embalagens desses produtos.
A principal diferença entre essas bebidas está na quantidade de extrato da fruta/vegetal presente. O suco é o que apresenta maior quantidade de extrato da matéria-prima, seguido do néctar e, por último, o refresco. Além disso, existem diferenças de preço, adição ou não de corantes, açúcares, conservantes e aromatizantes e diluição ou não do produto em água.
De acordo com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), pode-se definir suco (sumo) como uma bebida não fermentada, não concentrada, exceto em alguns casos, e não diluída, obtida da fruta madura e sadia, ou parte do vegetal de origem. Ou seja, sucos são constituídos de 100% do extrato da matéria-prima e, por isso, são mais caros, em geral. Eles podem ser integrais, concentrados, reconstituídos ou mistos e é proibido adicionar aromas e corantes artificiais neles. Ademais, sucos podem ser adicionados de açúcares, desde que respeitem o percentual máximo de 10% em peso e utilizem o termo “adoçado” em seus rótulos
Já o néctar é definido como uma bebida não fermentada, originada da dissolução, em água potável, da parte comestível da fruta e açúcares. Ele tem de 30% a 50 % de suco da fruta, apesar de sabores ácidos poderem conter um pouco menos que essa quantidade, respeitando que o conteúdo de polpa não deve ser inferior a 20%, de acordo com a Instrução Normativa N°12 de 04 de setembro de 2003. Néctar pode conter, também, corantes, açúcares, conservantes e aromatizantes. Ele, geralmente, tem o preço intermediário entre o suco e o refresco e deve apresentar em seu rótulo o termo “néctar”.
E, por último, o refresco, que se trata de uma bebida não fermentada, gaseificada ou não, adquirida a partir da diluição, em água potável, do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem, adicionada ou não de açúcares. Ele pode conter também corante e aromatizante artificiais, desde que em seu rótulo estejam presentes as expressões "colorido artificialmente" e/ou "aromatizado artificialmente". Ademais, refrescos podem conter matérias-primas não naturais de sua origem. Quando isso acontecer, sua denominação deve ser seguida da palavra "Artificial", e da expressão "Sabor de ..." acrescida do nome da matéria-prima substituída. O refresco deve ter uma quantidade mínima de 10% de suco da fruta de origem ou 5% de suco do vegetal de origem. Ou seja, o refresco, em comparação ao suco e ao néctar, é o que apresenta menor quantidade de extrato da matéria-prima e, por isso, é a opção mais barata dentre os três.
Nesse contexto, verifica-se que essas três bebidas, apesar de serem originadas a partir da mesma fonte (fruta ou vegetal), têm características próprias que as diferenciam. Entretanto, é necessário ficar atento ao rótulo desses produtos, pois os apelos visuais em suas embalagens podem, muitas vezes, confundir o consumidor. Agora, com essas informações, você vai poder identificar com mais facilidade essas bebidas.
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