A aceitação de um produto alimentar pelo consumidor está diretamente relacionada ao atributo cor. A importância dessa característica sensorial é observada na nossa percepção para seleção de alimentos, na motivação como forma de reduzir ou aumentar o apetite, na aceitação e também nas emoções provocadas. Por essas razões, a adição intencional de cor ao alimento se fez cada vez mais necessária e foi facilitada através do emprego de corantes alimentícios.
Corantes Artificiais x Corantes Naturais
Corantes são aditivos alimentares definidos como toda substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento. Aditivos alimentares são quaisquer ingredientes adicionados intencionalmente aos alimentos para modificar suas características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais sem o propósito de nutrir. Os corantes alimentícios possuem, portanto, o papel de agradar os olhos do consumidor. De forma geral, podemos subdividi-los em:
Corantes Artificiais: são aqueles ausentes em produtos naturais. Apresentam grande estabilidade, menor custo de obtenção, ampla gama de cores e uniformidade na cor conferida. São muito encontrados em balas, sorvetes, chicletes, gelatinas, massas de tomate e xaropes infantis.
Corantes Naturais: são aqueles extraídos a partir de vegetais ou, eventualmente, de animais, cujo princípio colorante tenha sido isolado a partir do emprego de processos tecnológicos. Proporcionam solubilidade em óleo, matizes mais suaves, além de conferir aspecto mais natural.
Legislação
Pela legislação brasileira atual, através das Resoluções n° 382 a 388, de 9 de agosto de 1999, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são permitidos no Brasil, para alimentos e bebidas, o uso de apenas onze corantes artificiais, sendo eles: Amaranto, Vermelho de Eritrosina, Vermelho 40, Ponceau 4R, Amarelo Crepúsculo, Amarelo Tartrazina, Azul de Indigotina, Azul Brilhante, Azorrubina, Verde Rápido e Azul Patente V.
Os rótulos dos alimentos coloridos artificialmente devem, obrigatoriamente, conter os dizeres "COLORIDO ARTIFICIALMENTE" e ter relacionado na sua lista de ingredientes o nome completo do corante ou seu número de INS (International Numbering System).
Saúde do consumidor
Sob o ponto de vista toxicológico, vários estudos vêm sendo realizados para verificar os efeitos nocivos à saúde da população, visto que aditivos químicos não são totalmente inócuos.
Os aditivos são considerados inofensivos à saúde desde que obedeçam aos percentuais máximos estabelecidos pela ANVISA e/ou pelo Codex Alimentarius. Estes estabelecem para cada aditivo a quantidade diária aceitável de ingestão (IDA).
Entre os corantes, os maiores responsáveis por efeitos adversos são os artificiais. Para o corante Tartrazina, por exemplo, os relatos são de reações semelhantes a alérgicas, podendo causar urticária e/ou angiodema, que são dose-dependentes. Ou seja, quanto maior a dose de corante ingerida, mais intensas serão as reações. Entre seus impactos mais graves, estão desde agressividade, redução da coordenação e asma até efeitos carcinogênicos pela ingestão do aditivo.
Já os corantes naturais têm sido utilizados há anos sem evidências de danos à saúde. Embora apresentem desvantagens no que diz respeito às estabilidades químicas e físicas, podem ser uma ótima solução para aqueles que optam por um estilo de vida mais saudável.
Como evitar os malefícios dos corantes?
Podemos refletir, enquanto consumidores e/ou produtores, sobre a importância de prestarmos atenção aos corantes presentes nos nossos alimentos e suas respectivas quantidades, bem como se são ou não artificiais. É comprovado que em altas dosagens, uma grande gama de corantes artificiais podem ser prejudiciais à nossa saúde.
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