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Como conservar melhor seu alimento?

Atualizado: 9 de nov. de 2020

Os alimentos são uma das bases para a sobrevivência da humanidade. Dessa maneira, o modo como usufruímos e armazenamos as comidas se torna muito importante, perante a sua utilidade.

Nos primórdios da civilização não se sabia quando haveria alimento, pois se dependia somente da caça e da colheita. Dessa forma, cada sobra ou excesso nas refeições era primordial para subsistência. Devido a essa preocupação, as pessoas buscaram alternativas para melhorar o aproveitamento dos alimentos, tais como a desidratação com uso de sal ou açúcar, armazenamento de alimentos em lugares mais frescos e a utilização do fogo.


Importância da conservação


Com uma boa conservação é evitado o desperdício, a contaminação por fungos e bactérias, minimização de ação enzimática e consequentemente a diminuição das chances de doenças transmitidas por alimentos, trazendo como resultado uma vida de prateleira mais longa, proporcionando qualidade e segurança por mais tempo.


Quando o assunto é conservação de alimentos, tornou-se comum vermos o tema ser tratado com receio. A palavra “conservante” pode, muitas vezes, vir carregada de conotação negativa, tendo em vista a grande busca e consumo por alimentos mais naturais e puros. Contudo, optar por fazer o seu produto durar mais não é sinônimo de que você estará tornando-o maléfico aos seus consumidores, existe uma variedade de aditivos e formas de processamento e armazenamento a serem considerados como alternativa para atender os diferentes ideais.


O conservante pode ser maléfico ao consumidor?


Todo alimento causa um efeito em nosso corpo diretamente relacionado às quantidades consumidas; quando se trata de conservantes, não é diferente. A Anvisa, inclusive, declara que estes aditivos podem impactar positivamente num alimento sem comprometer o consumidor, para isto, basta que seja utilizado nas proporções corretas. A legislação brasileira referente a conservantes pode ser acessada aqui.


Como conservar melhor o alimento?


Há uma série de fatores que devem ser levados em consideração quando o objetivo é obter uma conservação efetiva do produto:

  • Processo de produção: o princípio da durabilidade

O primeiro passo, de extrema importância, vem da maneira que o alimento é produzido, a adequação às Boas Práticas de Fabricação e a padronização desse processo é essencial para obtenção de sucesso nos resultados finais. Existindo um passo a passo que sempre é seguido de maneira uniforme, torna-se muito mais fácil identificar e evitar os possíveis problemas de contaminação no seu produto!

  • Aplicação do método de conservação adequado

Cada produto possui suas particularidades. Quais são os elementos que comprometem a durabilidade do alimento em questão? Enquanto alguns são mais vulneráveis a fungos e bactérias, por exemplo, outros podem ter como rivais da sua conservação substâncias naturalmente presentes nos alimentos, como as enzimas; fatores ambientais, como o contato com o oxigênio presente no ar, também podem estar diretamente relacionado ao tempo de vida do alimento.

A seguir, você verá diferentes alternativas disponíveis no mercado para aumentar o tempo de duração do seu produto.

  • Tipos de conservantes

Dependendo qual a composição do seu produto, ele será mais propício à diferentes fatores que diminuem seu tempo de vida útil. E, frente a isso, existem diversos tipos de aditivos a serem utilizados. Dentre esses, podemos citar:


Antimicrobianos: muitos alimentos possuem propriedades que os tornam um ambiente propício para a multiplicação de fungos e bactérias, a partir do seu conteúdo de água e nutrientes, como é o caso de pães e massas. Frente a isso, a inserção de conservantes antimicrobianos torna-se uma ótima maneira de aumentar a sua durabilidade! Dentre os aditivos sintéticos podemos citar o propionato de sódio e o sorbato de potássio, largamente utilizados por indústrias alimentícias devido sua eficácia. No entanto, a real necessidade de utilizar um conservante dependerá muito de fatores intrínsecos ao alimento, como o pH e o conteúdo de água livre, associado a fatores relacionados ao processo e armazenamento.


Inibidores enzimáticos: alguns alimentos possuem na sua composição enzimas específicas que aceleram o seu processo de degradação, como é o caso da maçã e da banana, que possuem a polifenoloxidase, uma das responsáveis pelo seu escurecimento. Inibidores enzimáticos barram a ação de enzimas como essa, tornando o produto mais durável. Além disso, como alternativa, pode ser avaliado acrescentar uma etapa de branqueamento ao processo, que também contribui positivamente na inativação das enzimas.


Antioxidantes: o oxigênio, ao entrar em contato com os alimentos, pode propiciar mudanças significativas na qualidade e na estética do produto por meio do processo de degradação conhecido como oxidação. Os antioxidantes, como o próprio nome diz, são conservantes que retardam a ocorrência desse tipo de degradação. São comumente aplicados em óleos e gorduras para evitar a ocorrência de “ranço”. Dentre os compostos utilizados para esse fim podemos citar dois aditivos naturais: o ácido ascórbico (vitamina C) e o tocoferol (vitamina E).


A lista de conservantes permitidos pela legislação é extensa e você deve estar atento a fatores que vão além da autorização de utilizar ou não determinado aditivo em seu produto, assim como as quantidades que não irão causar riscos à saúde.


  • Embalagens: aliadas da conservação

Além do acréscimo de aditivos na sua receita e da aplicação de boas práticas de fabricação durante a produção, você pode potencializar a durabilidade do seu produto optando por embalagens com características específicas de acordo com a sua necessidade. As embalagens, de forma geral, protegem o alimento da ação do oxigênio, da luz, da umidade, contaminações, entre outros fatores.


Atualmente, no ramo das indústrias alimentícias, outra forma de conservação adotada tem sido a inserção de atmosfera modificada no interior das embalagens. Este método auxilia na redução de efeitos nocivos proporcionados ao alimento por meio da ação do oxigênio, por exemplo.


Além dos métodos de conservação citados acima, há tantos outros, como: a refrigeração, a secagem, o congelamento, a pasteurização, a esterilização, o branqueamento, a fermentação, a acidificação, o sal, o açúcar e muito mais. Não podendo esquecer da importância de um transporte e manuseio adequados.


Visto isso, finalmente alcançamos o passo que mais exige conhecimentos profissionais: verificar a efetividade dos modos de conservação escolhidos. Antes de ser inserido no mercado, o produto deve passar por uma série de testes, os quais nos permitirão ter um parecer mais profundo sobre a efetividade dos métodos.


Está com problemas na conservação do teu produto?

Acredita que poderia ser solucionado com uma das alternativas citadas acima?

Contate-nos, ficaremos felizes em poder ajudar!

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