A preocupação com a produção de alimentos mais nutritivos e de forma mais sustentável, tem aumentado nos últimos anos, ainda mais considerando que mesmo com um aumento na produtividade econômica em geral, grande parte da população mundial ainda vive na extrema pobreza e insegurança alimentar. Nesse contexto, surge uma das possíveis soluções para a fome: os alimentos biofortificados.
Os alimentos biofortificados se apresentam como uma solução aos problemas já citados, já que são melhorados através de duas formas: a biofortificação genética e a biofortificação agronômica.
Na biofortificação genética, são selecionadas as variedades de certa espécie que apresentem maior teor nutritivo e maior capacidade de absorção dos nutrientes da terra para, através de técnicas de engenharia genética, gerar alimentos mais nutritivos, produtivos e resistentes à pragas ou à deterioração.
No entanto, é importante salientar que tais processos não devem ser confundidos com a transgenia, já que não introduzidos genes de diferentes organismos na espécie a ser cultivada.
Já na biofortificação agronômica, o foco é em enriquecimento do solo e dos vegetais, durante o cultivo, através da adubação da terra.
No Brasil, a biofortificação já é uma realidade e possui papel importante na redução da fome, já que cerca de 30% da população é afetada por esse problema, segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Desde 2015, o país vem se destacando na produção desse tipo de alimento, produzindo oito culturas diferentes: abóbora, arroz, batata-doce, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho e trigo.
Ainda, segundo a rede de biofortificação no Brasil, coordenado pela Embrapa, os alimentos biofortificados já atingiram um bom nível de zinco, ferro e vitamina A e fornecem até 50% da quantidade média diária necessária para esses nutrientes. Apesar disso, a biofortiicação não deve ser vista como a única solução para os problemas alimentares, mas sim um complemento às outras alternativas de alimentação balanceada.
Por outro lado, os produtores rurais também devem ser considerados nessa questão, sendo necessária sua conscientização acerca do tema para que, além de proporcionar maior segurança alimentar à milhares de pessoas, possibilitar geração de renda para os agricultores, que são beneficiados com um produto de maior qualidade nutricional e maior produtividade.
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