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Agrotóxicos: O que são e porque eles te prejudicam

  • Foto do escritor: Amanda Käfer
    Amanda Käfer
  • 28 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura


O que são?


Agrotóxicos ou pesticidas são substâncias capazes de alterar a composição da flora ou fauna, com a finalidade de manter a preservação e proteger grandes e pequenas plantações da ação danosa de seres vivos nocivos - insetos, moluscos, roedores, ervas daninhas, bactérias e outras formas de vida que possam prejudicar a agricultura. Sua atuação é bastante variada, agindo como desfolhante, estimulador ou inibidor de crescimento e sua aplicação é feita tanto na produção e armazenamento quanto no beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de florestas nativas ou implantadas. Todos os agrotóxicos utilizados devem estar registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos da saúde, do meio ambiente e da agricultura.



É prejudicial?


Segundo dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), existem aproximadamente 15 mil formulações para 400 agrotóxicos diferentes, sendo que cerca de 8 mil encontram-se licenciadas no Brasil, sendo o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. Sabendo-se que esses produtos são usados para colaborar com o crescimento e cultivo de diversas espécies de plantas, questiona-se qual seria o problema de seu uso.


Os pontos negativos já conhecidos e estudados abrangem o solo, o ar e a água e, através da contaminação com estes, a saúde humana.


Solo: por meio de aplicação direta ou pela água escoada contendo agrotóxicos, o solo pode reter os contaminantes e ocasionar perda de fertilidade, biodiversidade e desequilíbrio de acidez da terra, prejudicando os cultivos.

Ar: na aplicação por pulverização, o ar fica com quantidades significativas de agrotóxicos, contaminando os organismos que respiram na região da dispersão.

Água: fortemente impactada com o uso dessas substâncias, podendo desencadear na morte de inúmeros organismos aquáticos e o desequilíbrio do ecossistema. Algumas espécies podem não morrer com os contaminantes, mas acumular agrotóxicos e prejudicar os demais da cadeia alimentar.

No período de 2013 a 2015, foi realizada uma pesquisa pela ANVISA com o objetivo de avaliar mais de 12 mil amostras de alimentos presentes na culinária brasileira, onde foi verificada a presença de agrotóxicos em nível de risco agudo em alimentos comuns do cotidiano como Laranja, Abacaxi, Couve e Uva. Como os agrotóxicos estão presentes constantemente nestes e em outros alimentos cotidianos, o consumo tende a ser elevado. Dessa forma, várias doenças podem ser consequência desse consumo.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registradas 20 mil mortes por ano devido ao consumo de agrotóxicos. As doenças mais comuns decorrentes da contaminação são câncer e paralisia, problemas neurológicos e cognitivos, dificuldades respiratórias, irritações na pele e alergias, aborto e má formação do feto. Em relação à população, os trabalhadores rurais são amplamente expostos aos agrotóxicos durante a produção dos cultivos, muitas vezes por estarem sem os equipamentos adequados e, por essa razão, o índice de ocorrência de doenças entre esse grupo tende a ser elevado. Em nível de país, dentre as regiões brasileiras, as regiões Centro-Oeste e Sul são as maiores consumidoras de agrotóxicos devido à grande quantidade de plantações nestas regiões, indicando maior probabilidade de contaminação por agrotóxicos pela população destas regiões.


Atualmente existem informações mais acessíveis para a população sobre o consumo de agrotóxicos e as consequências deste consumo para o meio ambiente e todos que o habitam. Em contraponto, existe também uma questão importante, que traz o questionamento de quais alimentos chegam na mesa do consumidor contendo agrotóxicos, quais produtos foram utilizados na produção destes alimentos e em que quantidade foram aplicados, pois estas informações não são divulgadas. Em virtude disso, criou-se uma recente demanda por produtos orgânicos, que por definição, são cultivados sem uso de agrotóxicos em qualquer etapa dentre a produção e o consumo e, levando em consideração o sistema de produção atual e a demanda destes produtos, eles acabam por chegar na prateleira dos mercados com um preço mais elevado quando comparado com os demais alimentos.


(Imagens: correio24horas.com.br)




Regiões Brasileiras - Maiores Consumidoras

(Fonte: Repórter Brasil)



Avaliando todos os pontos em questão, é possível concluir que ter uma alimentação livre de agrotóxicos é um grande desafio, tanto para os produtores que lidam com pragas e parasitas em suas plantações e precisam desenvolver novas técnicas de plantio, quanto para o consumidor, visto que estes alimentos são acessíveis apenas para a população com maior renda e, mesmo assim, acaba sendo um preço elevado para uma garantia de alimentação de qualidade que não traga riscos à saúde.



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